As grandes cidades do mundo oferecem todo o tipo de lifestyle. As maiores comportam quase tudo: diferenças de status social, diversidade de cores, culturas e credos, multiplicidade de preferências, parâmetros éticos, minorias e comunidades pulsantes. É o que chamamos de caldeirão, ou seja, o espaço urbano vivo, em movimento constante abrigando uma constelação de habitantes e visitantes que criam algo importante, interessante ou fascinante. Ou os três.
Três são também os conceitos contidos em espaços multiuso, cada vez mais presentes no contexto imobiliário das cidades mais modernas. Via de regra com boa arquitetura, design notável e localização privilegiada, são complexos que incluem escritórios corporativos, espaços comerciais, coworkings, academias, restaurantes, parques, espaços de morar, de ficar, de investir. Curiosamente esse tipo de imóvel replica o que acontece na cidade toda, num microcosmo de atividades. São mini cidades dentro da cidade. Uma inovação conceitual que enxerga vida profissional e pessoal no mesmo CEP, mas com mindsets distintos.
Claro que isso é uma resposta ao trânsito caótico, insegurança e grandes distâncias que a vida urbana inventou. Mas isso não tem nada de modismo. Se em algum momento fez sentido cercar-se de muros e morar à uma hora de carro de tudo, hoje qualidade de vida encontra-se menos no onde e mais no como morar. Menos tempo perdido indo de um lugar ao outro. Mais conveniência. Menos metros quadrados perdidos. Mais espaços inteligentes. Usar mais, possuir menos.
Veja que isso é uma tendência global. Possivelmente fruto da pandemia que separou todo mundo e nos descontou em média dois anos, a busca hoje é de mais convivência, equilíbrio e eficiência. Outros três componentes fundamentais do que uns chamam do novo estado das coisas. Mais até para um estado de espírito, um jeito de viver onde, através da inovação tecnológica, vida digital e real se confundem. Mais que isso, se atualizam e se completam.